domingo, 26 de setembro de 2010

Noite missionária.





Algumas imagens desse culto abençoado onde pela graça de Deus foi uma benção. Deus se fez presente e renovou muitos. Além de tudo os irmãos puderam ver o quanto a obra missionária no Brasil ainda é necessitada.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010








O símbolo da miséria no Haiti é um biscoito feito de barro, água e manteiga. Batizado de “Té”, a receita serve para tapear a fome. Mulheres desesperadas coletam restos de construção e misturam com água e manteiga em tinas de plástico e metal velhas e sujas. Quando não há manteiga, elas usam apenas água. Raras vezes põem sal, produto de luxo.A massa encardida, da cor de argila, é espalhada em tablados de madeira ou metal e ganha a forma de biscoitos, parecidos com pequenas panquecas. As mulheres usam colheres para espalhar centenas desses biscoitos pelo chão para que sequem ao sol. Por causa da água, eles incham e depois endurecem.

Crianças comem o biscoito de barro ao longo do dia para, segundo Marie Timouche, 33 anos, ‘espantar a fome’. Ela diz que também vende um pouco da produção para outros moradores. “Dá até para ganhar um pouco de dinheiro”, diz ela, que é mãe de quatro crianças pequenas. Quando a família não recebe doações, o “Té” é a única refeição do dia.

O valeparaibano flagrou a produção do biscoito de barro em Cité Gerard, zona da grande Cité Soleil, a maior e mais violenta favela do Haiti. Lá vivem perto de 400 mil pessoas, 90% delas sem emprego formal e lutando diariamente para fugir da fome.

“Mange, mange, bon bagai”, dizem os haitianos ao recepcionar brasileiros nas ruas de Cité Soleil. Em creole, língua oficial do Haiti, a frase é quase um pedido desesperado: “Comida, comida, sangue bom”. Por causa do relacionamento de cinco anos com as tropas militares do Brasil, “bom bagai” (sangue bom) é o apelido que os brasileiros ganharam dos haitianos.

O futuro do Haiti está atrelado à luta contra a fome “mangu” em creole. “Mangu, mangu”, dizem as crianças pelas ruas, passando as mãos secas e enrugadas pela barriga inchada.

Todo o resto gravita em torno do combate à desnutrição crônica que afeta a população, em especial as crianças. “Sem elas, o que será do futuro do país?”,